Vernon surpreende ao ultrapassar Groves no sprint, enquanto um Brennan ainda mantém a liderança. Ayuso garantiu três segundos de bônus, avançando para a quinta posição no geral.
A primeira etapa decisiva, com muita intensidade, acontecerá nesta quarta-feira na Volta a Catalunya. São números de tirar o fôlego, que remetem a um ciclismo de outra era: 218 km e 5.000 metros de desnivelamento positivo, com o trecho final passando pela Creueta e pela icônica Molina.
Nesta etapa rainha, Enric Mas e Juan Ayuso disputarão três segundos de bônus, dois a mais que seu grande rival ao título, Primoz Roglic. O ciclista da Movistar já havia conquistado esse bônus na primeira etapa, enquanto o do UAE fez o mesmo na segunda, realizada nesta terça-feira, quando Ethan Vernon faturou a vitória no sprint em Figueras.
“É melhor ter esses bônus do que não ter. Ontem me distraí e não corri pelo bônus, achando que havia escapados à frente. Foi culpa minha. Hoje, pelo rádio, confirmei que ninguém estava à frente. O time me posicionou perfeitamente. Sempre vimos na Volta que os bônus são fundamentais, pois a corrida se decide por segundos. Houve constante tensão devido ao vento lateral, e o percurso na subida foi bastante exigente. Foi uma etapa completa”, explicou Ayuso aos microfones da TDP.
Esse desafio é o desfecho em La Molina (8,3 km com 6,5% de inclinação), um dos picos célebres da Catalunha. Seu último registro na corrida foi em 2006, mas este ano ele estreia com tudo como final de etapa. Contudo, para atingir seu cume, será preciso primeiro superar a Creueta, a mais de 1.900 metros de altitude.
🥇Ethan Vernon se lleva la victoria, qué final tan ajustado.
— Teledeporte (@teledeporte) March 25, 2025
¡Sprint apretadísimo en el final de la segunda etapa! pic.twitter.com/iVj7OEh8dA
A chuva marcou presença no início da jornada, mas logo o sol voltou a brilhar na Volta a Catalunya, trazendo alívio aos corredores, que no dia anterior enfrentaram um daqueles dias de frio e chuva de dar nó em qualquer um, fazendo até mesmo os mais dedicados questionarem a paixão pelo ciclismo.
Quase na largada, Calum Johnston (Caja Rural), Diego Uriarte (Kern Pharma) e o líder do montanhismo, o holandês Danny van der Tuuk (Euskaltel-Euskadi), formaram a fuga do dia, enquanto o pelotão, tranquilo, confiava em vencer um percurso de 177 km, em sua maioria plano.
O ponto de virada ocorreu nas duas subidas com pontuação, especialmente na segunda, um Coll de Sant Pere de Rodes que apresentou um desafio considerável (7,7 km a 6,4% de média) para que acontecimentos decisivos acontecessem. O problema era que o cume ficava a quase 80 km da chegada, descartando qualquer tentativa dos “galos”.
O único movimento saiu de Quinn Simmons, mas o UAE reagiu rapidamente para evitar que ciclistas potencialmente perigosos ganhassem tempo. Após a descida, na qual Uriarte arriscou para prolongar sua liderança, o pelotão finalmente encerrou a fuga a 70 km da linha de chegada.
Com um longo trecho de quilômetros planos pela frente, o terreno não prometia grandes emoções. Mas, como diz o ditado, “a corrida é feita pelos corredores”. Primeiro, Juan Ayuso faturou três segundos de bônus no sprint intermediário em Garriguella – mesmo prêmio que Enric Mas havia obtido na primeira etapa.
Em seguida, equipes como Jayco, UAE, Movistar e Visma demonstraram disposição para atacar, aproveitando o forte vento, mas nenhuma investida coletiva obteve sucesso. No sprint final, Groves tomou a iniciativa, mas acabou sendo superado pelo heroico Vernon, que garantiu a vitória à frente de Brennan (ainda líder) após se soltar na última subida. Amanhã, uma nova história se escreverá…
🏁 Km 112,8
— Volta a Catalunya (@VoltaCatalunya) March 25, 2025
🔵Esprint Intermedi🔵 @lagrossacat
📍 @AjGarriguella
1️⃣ @juann_ayuso (@TeamEmiratesUAE ) 3pts, 3''
2️⃣ @laurance_axel (@INEOSGrenadiers) 2pts, 2''
3️⃣ @JTratnik (@RBH_ProCycling) 1pt, 1''#VoltaCatalunya104 🚴♂️ pic.twitter.com/CCkP43MwH9