Advertisement

As mensagens de rádio para Pogacar após a queda na Paris-Roubaix

Mensagens de rádio para Pogacar após a queda na Paris-Roubaix: "Ainda é possível, vamos"

mensagens de rádio para Pogacar após a queda na Paris-Roubaix

O esloveno Tadej Pogacar tocou o chão quando faltavam apenas 38 quilômetros para chegar ao Velódromo de Roubaix, concedendo a Mathieu van der Poel uma vitória praticamente nas mãos. Do carro, sua equipe lutava para animá-lo e incentivá-lo a continuar, mesmo diante do contratempo.

No ano de sua estreia, ele estava atuando de forma espetacular. Sobre os exigentes paralelepípedos da Paris-Roubaix, Pogacar enfrentava de igual para igual um dos maiores nomes da prova, Mathieu van der Poel, que, além de buscar seu terceiro triunfo na clássica, desliza pelos blocos com uma elegância comparável à de Fred Astaire nos salões de dança.

Ambos protagonizavam uma batalha memorável, semelhante aos duelos que já haviam se visto na Milão-San Remo e no Tour de Flanders, montando um cenário mágico no que muitos chamam de “Inferno do Norte”. Foi justamente nesse clima de tensão que o infortúnio se apresentou para Pogacar.

O tricampeão do Tour de France não enxergou uma curva à direita e saiu da pista, caindo – felizmente, sem consequências físicas graves – mas, com isso, perdeu qualquer chance de brigar pela vitória.

Logo após o acidente, os diretores da equipe UAE, Marco Marcano e Fabio Baldato, buscaram incentivá-lo com palavras de apoio.

“Meu freio dianteiro está atritando muito”, desabafava um pouco abalado Pogacar.

— E Marco Marcano, do carro, respondia: “Podemos trocar a bicicleta novamente se você quiser, mas perderemos alguns segundos.”

— A isso, Pogacar replicou: “Vamos trocar a bicicleta, vamos trocar a bicicleta.”

Nesse momento, Marco Marcano confirmou e instruiu seu corredor a fazer a parada necessária.

Exatamente quando a troca estava prestes a ocorrer, Pogacar foi lembrado de que ainda faltavam 20 quilômetros:

“Vamos, vamos, Pogacar. Van der Poel furou um pneu. Pneu furado do Van der Poel, explicou Fabio Baldato, logo seguido por mais palavras de incentivo: “É possível, é possível”, reforçando a ideia de que ele ainda tinha chance de se ligar à frente de Van der Poel.

Ao ouvir essas palavras, Pogacar questionou:

“Qual é a diferença?”

“55 segundos”, respondeu Fabio Baldato, “e faltam cinco quilômetros”, concluindo com um enfático: “Bravo, Tadej. Você realmente fez uma atuação incrível. Parabéns.”